Em Portugal, a incontinência urinária afeta cerca de 20% da população com mais de 40 anos, o que significa que 1 em cada 5 portugueses acima dos 40 anos sofre desta condição. Esta patologia caracteriza-se pela perda involuntária de urina, geralmente associada ao enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico ou a contrações involuntárias da bexiga. Embora seja mais comum em adultos, sobretudo em mulheres, pode ocorrer também em crianças, especialmente em casos de malformações ou infeções urinárias.
A incontinência urinária pode ser de vários tipos. A incontinência de esforço acontece quando há perda de urina durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como tossir, rir ou levantar pesos. Isto ocorre devido à fraqueza dos músculos que controlam a bexiga. A incontinência de urgência, quando a pessoa sente uma vontade muito forte de urinar e não consegue aguentar até chegar à casa de banho. Este tipo de incontinência é causado pela bexiga que se contrai de forma involuntária. A incontinência mista combina os dois tipos, com perda de urina tanto durante esforço físico como pela vontade urgente de urinar. A incontinência por regurgitação ocorre quando a bexiga está muito cheia e começa a transbordar, o que pode ser causado por obstrução ou incapacidade da bexiga de se esvaziar corretamente. Por fim, a incontinência funcional é quando a pessoa sabe que precisa de urinar, mas não consegue chegar a tempo, devido a limitações físicas ou cognitivas, como em idosos com dificuldades de mobilidade. O tratamento depende do tipo e da causa de cada caso.
A obesidade, doenças neurológicas ou malformações do trato urinário contribuem para o problema.
O diagnóstico requer diversos exames, como a análise da função da bexiga e testes para avaliar a pressão exercida pela bexiga e o respetivo esfíncter. O tratamento pode envolver medicação, intervenções cirúrgicas, ou reeducação pélvica, que é uma técnica eficaz para fortalecer os músculos dessa pélvica.
A prevenção inclui manter hábitos saudáveis como ingerir diariamente a quantidade adequada de água (1,5 a 2 litros), controlar o peso, evitar retenção urinária prolongada, prevenir a obstipação e praticar exercícios específicos para fortalecer o pavimento pélvico.